quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal!


Feliz Natal a todos!
Eu estou mesmo é de banco... (e acho que o Pai Natal não faz visitas hospitalares) :P

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Experiências novas

Hoje fui uma maluca.

Estava com fome e tal... 15h ainda sem ter almoçado... e aproveitei para deglutir qualquer coisita no Olivais Shopping. O Spacio Shopping (como lhe chamam agora), está realmente diferente. Mais amplo (daí o novo nome...), mais colorido, com mais luz... bem diferente das muitas memórias que eu guardava dele. A única coisa que continua a não ter é lojas como deve ser. Bem... pelo menos o parque é grátis durante 2h (e duvido que alguém consiga demorar mais do que isso, a menos que queira morrer de tédio).

Adiante. Dada a vasta variedade gastronómica disponível, acabei parada em frente ao Mac. Não me apetecia nada, até porque há pouco tempo já tinha comido o Double cheese da praxe. Do que é que eu me lembrei? "É hoje que eu vou experimentar uma salada!". E assim foi.

Um pequeno parêntesis. Logo a seguir a ter pedido a salada, reparei que agora há um menu com o Chicken Mythic (que é o único pelo qual eu deixo de comer o double cheese), e ia cortando os pulsos só de pensar que não o tinha visto antes. Mas atenção. Era um Chicken Mythic falsificado, com maionese em vez do molho original... o que o torna disgusting...(ao menos a empregada avisou o cliente que o pediu a seguir a mim...)

Mas voltando à salada. Pedi a salada Caesar... muito boa por sinal. Ideal se não tivesse tanta alface... e tipo... fosse só o frango com o queijo... e já agora com uma batatinha frita... pronto, se fosse um double cheese de frango... não, não... um Chicken Mythic!!

Moral da história:
Dormi um total de 7 horas nas últimas 2 noites. Este post está uma seca e não tem sentido. O meu discurso está a descarrilar. Mas para a próxima que for ao Mac vou comer um menuzorro Chicken Mythic. Sim, sou uma gorda :P

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Interpretações

Mulheres, deixem de tentar interpretar aquilo que os homens dizem. Não caiam no erro de achar que eles pensam e falam da mesma maneira que nós!

É que as mulheres são peritas nos rodeios... no dizer uma coisa que significa outra... no falar por "código". Um "código" que só elas conhecem, mas que ficam chateadas quando os homens não atingem.

Não pensem que quando eles dizem "A", então se calhar é porque não é bem "A"... se calhar querem dizer "B"... Não tentem ler nas entrelinhas de maneira a tirar conclusões que possam ser mais favoráveis para vocês. As entrelinhas deles são demasiado básicas e objectivas. Não se enganem, meninas.

Corolário: na dúvida, guiem-se pelos actos deles... as acções dizem muito mais do que as palavras.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Achado musical

Talvez seja do sono que hoje me assaltou... talvez seja das saudades das férias de Agosto passadas naquele sítio em particular... talvez seja apenas a coincidência de ter apanhado este video a passar num qualquer canal de música...

... estou numa de chill out! (acho que vou ligar o meu lava lamp pra criar ainda mais ambiente... eheh)


Tudo em nome da reciclagem

Ora bem... sou o nº 53, e vai no nº48... faltam só 4 pessoas, não vai demorar muito tempo!...

Uma hora depois.... TRIMMM Senha B nº53 Balcão 5.

- Boa tarde. Vinha levantar este documento e já agora queria saber se este já está ou vai demorar muito a estar pronto

- Ah... isto não é aqui... é ali do outro lado ao fundo

- ....

- Olhe... e parece que estou sem sistema... também não lhe sei dizer se este está pronto, mas de qualquer modo penso que não deve ser aqui que o vai ter de levantar...

- Então é onde?

- Bem, há-de receber em casa um postal a dizer onde e o local de levantamento.

- Ah, mas é que neste postal que eu recebi também dizia que era aqui que o levantava e afinal não é...

- Hmmm... pois... estes postais são os antigos... ainda estão a mandar estes pelo correio...

- ....

Ora bem... Secção de Habitação... senha B.... nº 91.... e vai no nº 78!...


Moral da história, prefiro acreditar que não se trata de incompetência. O que se passa é que a CML está na vanguarda da reciclagem do papel. Os postais estão desactualizados? Mandam-no a Trás-os-Montes levantar um documento que está em Faro? Não se preocupe... é tudo para evitar que se cortem mais árvores.

E no final de contas só perdi uma hora de vida (sim, porque já não fiquei à espera do nº 91, sabe-se lá quantas mais horas)... para nada!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Lavagem cerebral

Por coincidência já falei sobre este assunto com duas pessoas nos últimos dias, e resolvi expor a seguinte teoria.

Às vezes é preciso ouvir uma coisa para que ela faça sentido na nossa cabeça (mesmo que na realidade não tenha sentido nenhum). No fundo funciona como uma espécie de lavagem cerebral. Tipo aqueles assassinos programados cuja sede de sangue é despoletada pelo ouvir de determinada palavra. Às vezes podemos até já ter tido essa ideia, em pensamento, mas o facto de a dizermos em voz alta, ou de a ouvirmos na boca de alguém, torna tudo diferente. Para o bem e para o mal. E nem é preciso ouvir muitas vezes. Basta uma vez, para que ocorra uma espécie de curto-circuito no nosso cérebro e o Tico e o Teco entrem numa espécie de psicose.

Só assim de repente consigo lembrar-me de vários episódios que comprovam esta teoria. Infelizmente a grande maioria deles acabou por originar reacções irracionais e desfechos mais ou menos catastróficos.

É assim o poder das palavras...

sábado, 13 de dezembro de 2008

Declaração

Só vi este filme uma vez e, além de não fazer nada o meu género e dada a conjuntura envolvente, na altura não gostei por aí além. No entanto tem uma cena que ficou na minha memória, talvez porque está... perfeita.

Ok ok... Hoje estou particularmente lamechas... deve ser do espírito natalício...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Pérolas obstétrico-ginecológicas I

- Então... Por favor, dispa da cintura para baixo e deite na marquesa.
- ... É para tirar as calças?
- Pois ...
...
- ... Tiro as cuecas?...


As velhas questões:
1 - Será que "da cintura para baixo" quer dizer "tirar o chapéu"?
2 - Será que é preciso tirar as cuecas para ser observada numa consulta de ginecologia? Não me digam que os médicos ainda não desenvolveram a capacidade de ver através da roupa!
3 - Será que se eu entrar em negação e fingir que na realidade queria era uma consulta de ortopedia, me consigo escapar?

sábado, 6 de dezembro de 2008

Sentido prático

A malta é pobre, a vida está difícil e eu tenho 3 gatos para alimentar. Assim sendo, às vezes consigo ganhar um pacote de ração gratuito se apresentar um cartão onde se colam as provas de compra de 7 embalagens (mais um espaço para colar o da embalagem oferecida). Ora, tendo em conta que fazer um buraco numa embalagem de 3 Kg para tirar uma prova de compra irá com certeza alterar as propriedades da ração ao longo do tempo (porque os gatos comem bem, mas não dão conta de uma embalagem de um dia para o outro... felizmente!), eu costumo colar nesse espaço a prova de compra de uma embalagem já gasta (que é exactamente igual à embalagem que vou receber).

Então porque é que as empregadas da loja de animais insistem em não perceber? "Ah e tal... aqui é para colar o da oferta". E de todas as vezes lá lhes tenho de fazer um desenho... Minhas meninas, isso seria problemático se de facto essas promoções obedecessem a critérios rígidos em que fosse necessário provar a origem da embalagem (por exemplo através de um código de barras), o que por si só já seria ridículo. Vamos lá então usar a cabecinha. Ficamos todas contentes. Eu não só fico com uma embalagem intacta, como lhes poupo o trabalho de cortar e colar a prova de compra. E melhor... se lá estão 8 provas de compra, significa que comprei 8 embalagens (e não 7) na vossa loja. O que é que querem mais?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Parabéns para mim



Nasci! (ok... foi só às 17h15, mas o dia já começou :P)

Será que vou receber a prenda que quero?...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Wanted...

Para começar bem o mês do Natal e antecipar o meu aniversário, comecei já a receber prendas.

Hoje o meu bólide foi vítima de um "hit and run" em pleno parque de estacionamento do meu local de trabalho. O "Senhor" (chamemos-lhe assim) foi responsável por alguns danos que me irão custar a quantia suficiente para eu não comprar grandes prendas neste Natal (meus amigos, já sabem de quem é a culpa). Obviamente o processo irá decorrer sob os trâmites legais, com PSP e seguradoras envolvidas. O "Senhor", demonstrando a sua vasta honestidade e um carácter primoroso, ignorou o "abanão" e seguiu alegremente o seu caminho. Neste preciso momento, o "Senhor" provavelmente até estará a abalroar outro veículo noutro parque de estacionamento qualquer. Mas pelos vistos não foi suficientemente discreto... e eu já sei muita coisa que o "Senhor" queria evitar que eu soubesse.

Aguardemos cenas dos próximos capítulos...
(Sim, eu sou lixada... não se metam comigo)

sábado, 29 de novembro de 2008

"Somos muita bons!"

Há pessoas que vivem num mundinho tão limitado que acham que não há mais nada para além dele... ou, pelo menos, nada melhor.

A falta de humildade é daquelas coisas que me tiram do sério. A incapacidade de admitir os defeitos, os erros, as falhas... e pior, rebaixar quem de facto tem valor. Muitas vezes isso começa com uma ideia enraizada dos tempos áureos (que já lá vão) em que realmente as coisas eram diferentes... e esquecem-se que o tempo passa, e o valor que algo tinha antigamente, muito provavelmente já desapareceu. É como tudo na vida. Não basta ter fama de ser bom. É preciso sê-lo. E se não se investe nisso, então não caiam no erro de pensar que "são muita bons" (ou melhor que os outros), só porque os vossos "avós" o foram. Saiam um bocadinho à rua e vejam outras realidades. E aí vão descobrir o quão fraquinhos são...

Há quem não tenha mesmo a noção...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

De chorar a rir

Foi já há 2 ou 3 meses que vi pela primeira vez o programa "Dane Cook - Vicious circle". Foi por acaso que comecei a ver, a meio de um zapping entediante e, apesar de nem ser grande fã do género (acabo por perder a paciência se não for mesmo muito bom), acabei por assistir tudo até ao fim... e melhor, tive de pesquisar quando é que dava a repetição para assistir desde o princípio. Entretanto já repetiram milhares de vezes no MOV, mas não resisto a assistir sempre que está a dar.

Vale a pena ver! :)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Cães e Gatos...

O texto não é meu... mas está simplesmente delicioso! Desculpem estar em inglês... mas com a tradução perdia o encanto.

A DOG’S DIARY:

7 am - Oh boy! A walk! My favorite!
8 am - Oh boy! Dog food! My favorite!
9 am - Oh boy! The kids! My favorite!
Noon - Oh boy! The yard! My favorite!
2 pm - Oh boy! A car ride! My favorite!
3 pm - Oh boy! The kids! My favorite!
4 pm - Oh boy! Playing ball! My favorite!
6 pm - Oh boy! Welcome home Mom! My favorite!
7 pm - Oh boy! Welcome home Dad! My favorite!
8 pm - Oh boy! Dog food! My favorite!
9 pm - Oh boy! Tummy rubs on the couch! My favorite!
11 pm - Oh boy! Sleeping in my people's bed! My favorite!

A CAT’S DIARY:

Day 183 of my captivity... My captors continued to taunt me with bizarre little dangling objects. They dine lavishly on fresh meat, while I am forced to eat dry cereal. The only thing that keeps me going is the hope of escape, and the mild satisfaction I get from clawing the furniture. Tomorrow I may eat another house plant. Today my attempt to kill my captors by weaving around their feet while they were walking almost succeeded - must try this at the top of the stairs. In an attempt to disgust and repulse these vile oppressors, I once again induced myself to vomit on their favorite chair - must try this on their bed. Decapitated a mouse and brought them the headless body in an attempt to make them aware of what I am capable of, and to try to strike fear in their hearts. They only cooed and condescended about what a good little cat I was. Hmmm, not working according to plan. There was some sort of gathering of their accomplices. I was placed in solitary throughout the event. However, I could hear the noise and smell the food. More important, I overheard that my confinement was due to my powers of inducing "allergies." Must learn what this is and how to use it to my advantage. I am convinced the other captives are flunkies and maybe snitches. The dog is routinely released and seems more than happy to return. He is obviously a half-wit. The bird, on the other hand, has got to be an informant and speaks with them regularly. I am certain he reports my every move. Due to his current placement in the metal room, his safety is assured. But I can wait; it is only a matter of time.

Epá... ADORO GATOS! ;)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Resiliência

Descobri uma nova palavra, e descobri que essa mesma palavra me define muito bem.

Para a Física, "Resiliência" corresponde à "resistência de um material a choques e a capacidade de absorver a energia do meio, voltando em seguida ao seu estado original, sem qualquer deformação (como uma vara de salto em altura, que se verga até um certo limite sem se quebrar e depois retorna com força, lançando o atleta)."

Para a Psicologia, significa a "capacidade do indivíduo lidar com os problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas sem entrar em psicose. As pessoas que possuem uma maior resiliência têm características específicas: inteligência, capacidade de reflexão, humor, criatividade, expressão artística, auto-estima, capacidade de relacionamento e de iniciativa, possibilidade de independência e ética."

That's me! ;)

Estou cá com uma taxa de bazófia... Gosto mesmo de mim... lol)

domingo, 16 de novembro de 2008

A música da semana II

Adoro esta música. E é engraçado que, apesar de me fazer recordar alguns momentos da minha vida que nem por isso foram felizes, não posso deixar de ficar alegre quando a oiço. É daquelas que me fazem voar... :)

Elevadores II

Mais um episódio hilariante.

Ia o elevador a subir com umas 6 pessoas lá dentro, para parar em todos os pisos, pois todos iam para serviços diferentes. Chegámos ao 2º andar e estavam à espera 2 auxiliares com um doente numa cama. Até aí tudo bem. Eu curti foi quando, apesar desses quererem descer (e o elevador ir a subir), as mentes iluminadas daqueles que estavam dentro do elevador (à excepção de mim, claro), saem do elevador a dizer "ah e tal... tb já falta pouco... vou a pé... os doentes têm prioridade e tal...". O engraçado foi que, perdeu-se imenso tempo desde que a porta se abriu, até que as pessoas saissem e entrassem os outros com a cama (que, na mesma onda de mentalidade iluminada nem tiveram o bom senso de dizer "deixem lá que nós apanhamos o elevador quando ele descer"), e o elevador parou em mais 2 andares desnecessariamente (pois os que iam para esses pisos já tinham saido!). É claro que, eu cheguei ao mesmo tempo dos que foram de escadas, o elevador aguentou com uma carga desnecessaria, e perdeu-se mais tempo com as indecisões e estupidez humana. Espero que pelo menos o doente tenha gostado do passeio...

Melhor melhor, só quando se põem à porta na conversa com alguém que não vai para o elevador, mesmo que estejam mil pessoas à espera...

Já tinha saudades disto... lol

Missing...

Tenho saudades...

do 6º ano...
do André, da Carina...
dos "banhos" nos regadores da Alameda...
dos baloiços... e da companhia...
dos 3 meses de férias de Verão...
do calor de antigamente...
das noites às 8h e dos dias às 22h...
da Deserta quando era deserta...
das estrelas na ilha em noite de lua nova...
do cheiro da sala da aula de guitarra...
do cheiro da faculdade...
do mIRC...
dos encontros no Saldanha...
das passagens de autocarro por Quarteira à meia noite...
do Serrão...
de Cascais...
do sumo de morango e da banda sonora do "B.d'A."...

... do 6º ano...
do André, da Carina...
(...)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Notícia de última hora!

STP will be playing the new Club Nokia in downtown Los Angeles in New Year's Eve.

!!!!!!!!! A minha passagem de ano de sonho!... Este ano, só compensava se terminasse dessa maneira... Quanto custa uma passagem pra LA??

Scott Weiland's new album, "Happy" In Galoshes. The Special Deluxe Edition includes two discs, 19 songs & over 88 minutes of music, an expanded, full color 16-page booklet, a redemption card for a free Scott Weiland t-shirt, and an immediate download of the new single "Missing Cleveland"!

Sai a 25 de Novembro...
Aqui, só dou boas informações... ;)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Eleições terminadas

Parabéns a Obama!!

A esperança estava lá, apesar de me manter muito céptica até ao final. É que errar uma vez, compreende-se... mas não aprender com os erros já é sinal de burrice (e 2 mandatos do Bush, é a prova). Será que os americanos finalmente estão a evoluir e a ficar menos broncos? Espero que sim. Ou talvez foi apenas o facto de Obama ser negro o que motivou muita gente a votar nele, para se "fazer história". Porque caso contrário, seria apenas um candidato branco, novo (ou inexperiente como muita gente lhe chamou), e com ideias de construção e união que vão contra toda a política de Bush (e McCain), tão "amada" pelo "povinho". De uma maneira ou de outra, e independentemente da cor da pele, estou contente pela vitória.

Está na altura de viajar em direcção a um mundo melhor.
A ver vamos...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Tão crescido!

O meu bebé está tão crescido! Ontem saltou para cima dos armários do escritório! A última (e única) tentativa não tinha corrido bem, e ele deve ter ficado traumatizado. Mas ontem, fê-lo como se já o tivesse feito durante toda a vida! É certo que é uma coisa que as irmãs já fazem há mais de um ano, mas os "machos" demoram sempre mais tempo a amadurecer... (se é que lá chegam :P) , mas também é verdade que ele tem mais 1Kg que elas. De qualquer modo, está de parabéns. Mais um universo para descobrir...

Na onda das viagens

Nos últimos tempos não ando a ter muita sorte com o meu boguinhas. Acredito piamente que um certo alguém com talentos de bruxaria me rogou uma praga (nisso e noutras coisas). Não obstante, fiz com ele a minha primeira "grande" viagem.

Foi no último fim de semana, e a jornada até à minha belíssima terra correu bastante bem, apesar de todas as intempéries (a tampa do capô a ameaçar saltar e a chuva que me açoitou durante alguns Km). Ok, o peso era muito superior aos 46Kg que ele costuma transportar (como diria a minha mãe: "Tás tão magriiiiiiiinha!"), e por isso o vento não foi de todo um problema. Também por isso, houve alturas em que o ponteiro quase chegou ao limite máximo (o efeito "bola de neve" das descidas). Só não o permiti porque tive medo que aparecesse uma mensagem tipo "Autodestruição dentro de 5 segundos" (com a tampa assim, não me arrisquei... tanto!). De qualquer modo, para quem acha que o Smart não é um bom carro para viagens longas (sinceramente não percebo qual é a lógica desse pensamento, mas enfim), eu aqui afirmo que é um carro como os outros.

Quando me der um vipe de necessidade de condução, já sei onde ir... sem destino...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A música da semana

Ok, choquem-se, também oiço outros estilos de música. Aliás, penso que os vários géneros musicais encontram sempre algum momento da nossa vida em que se tornam perfeitamente adequados, apesar de à partida poderem não corresponder ao nosso estilo preferido. Ou porque estamos contentes, ou porque estamos tristes, ou porque simplesmente não nos apetece pensar em nada, acabamos por escolher a nossa banda sonora de modos extremamente variados. Isto porque a música tem a capacidade de modelar o nosso estado de espírito e de nos contar histórias às vezes muito parecidas com a nossa.

Aqui fica uma daquele que, actualmente, considero o melhor dentro do estilo dele (e digam lá meninas, se ele não é como o vinho do Porto? ;) ... eheh)

What goes around, comes around... ah pois é...

domingo, 2 de novembro de 2008

Castanhas

O frio... as árvores despidas... os primeiros aguaceiros... e o cheirinho a castanhas! Não há melhor do que passear pela baixa lisboeta a saborear um cartucho de castanhas... nham nham... Bem... melhor melhor é chegar rapidamente a casa com as castanhas ainda quentinhas e ver um bom filme enrolada num cobertor, a saborear esta delícia da estação. ;)

sábado, 1 de novembro de 2008

Informação cultural

Acabei de ver na televisão, que a exposição de Juan Muñoz que eu vi em Bilbau vai estar em exibição no Museu de Serralves até 18 de Janeiro. Vale a pena ir visitar, mas sugiro que participem nas visitas guiadas, caso contrário muito provavelmente não vão perceber nada :)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Bangkok

Por motivos de trabalho, estive em Bangkok durante esta última semana. Nunca fui grande fã da Ásia, mas de qualquer modo, ia com algumas expectativas.

Ora bem. O jet lag (7h de diferença) nem o senti (para quem está habituado a urgências de 24h sem saída de banco, ir a Bangkok é peanuts...).

O primeiro impacto é aquele calor húmido em pleno "Inverno". Fez-me lembrar Punta Cana. E de facto, isso é muito bom se estivermos num resort em Pucket ou nas ilhas Phi Phi em fato de banho, mas em Bangkok não será prudente andar muito "descascado". É que para compensar (e para ser possível usar os modelitos Outono/Inverno), todos os espaços fechados (hotéis, centros comerciais, transportes públicos) permanecem a uma temperatura que duvido que seja superior a 18ºC.

Os seus 10 milhões de habitantes moram em apartamentos com duas divisões: um quarto e uma casa de banho. Não é necessário cozinha pois a comida é feita na rua. Tudo à base de fritos de frango e porco e peixe (ou outra coisa qualquer...), fruta descascada e cortada... Qualquer hora é hora para comer. Não me atrevi a provar (ou melhor, provei apenas no centro de congressos, pois aí pelo menos não vi as condições de confecção e higiene... e há coisas em que é melhor ficar na ignorância). Imagino o pessoal da ASAE a passar por ali... tinham um enfarte!

Depois, não convém parar em sítio algum. Isto porque aparecem logo mil pessoas a quererem oferecer qualquer tipo de serviço. E depois é a filosofia do "regateio"... (mesmo nos táxis com taxímetro é preciso obriga-los a liga-lo!)

Quanto à parte cultural... além dos inúmeros pequenos altares dispersos por toda a cidade, na parte velha de Bangkok é onde estão os templos. São giros e tal... mas depois de se ver um, os outros não variam muito. Aliás, é assim em todos os aspectos. Por exemplo, são capazes de ter um centro comercial de 7 andares só com artigos de electrónica e informática, mas que acaba por ser um aglomerado de "lojas dos chineses", umas atrás das outras, e em que a única diferença é que talvez uma das lojas tenha uma cópia mais fiel do iPhone do que a do lado.

Quem me tira a Europa tira-me tudo (ok... com a excepção para as Caraíbas... Bora Bora...). Já tinha saudades da comida, saudades até do frio... Só não tinha saudades dos taxistas (e de me cobrarem 8 euros quando no taxímetro marca 4,40). Se calhar não somos assim tão diferentes (ou se calhar os taxistas é que tiram todos o curso na mesma escola).

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Bubble Bobble

Uma homenagem ao melhor jogo de computador de sempre (pelo menos para mim :P)! Bubble Bobble... LINDO! Muitas tardes passei eu a jogar (Carolina, 100 níveis em meia hora... eramos as maiores!) ao som do rádio... belos tempos! Deve ter sido o jogo que eu mais joguei na minha vida (talvez igualado pelo Covert Action e logo seguido pelo Lotus).

Ok, é o típico jogo de gaja, mas não deixa de ser espectacular (quem diz o contrário é porque nunca jogou... ok, Gil? :P). Eram só bons valores morais nas entrelinhas... Já não se fazem jogos assim. Agora é tudo a 3D e cheios de cocozices mas sem encanto... (basta ver o BB evolution para a PSP). É a geração "tiro neles" ou "sangue por todo o lado". nde estão os bonequinhos gordinhos e coloridos a destruir os maus com bolhinhas, e a ganhar a recompensa (os fantásticos gelados, bolos gigantes, diamantes e fruta)? É por isso que hoje em dia só jogo Solitário... :P

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

1848

Tenho de partilhar esta informação com o resto do mundo: descobri o melhor chocolate de sempre!

Pois é... uma tablete fininha de chocolate negro... com pepitas de café (imagine-se!!).

Não consigo parar de comer... Agora vejam lá se não vão todos a correr para o supermercado e me esgotam o stock!... Olhem que ainda me dá uma coisinha má!

domingo, 12 de outubro de 2008

Se um dia me casasse...

... em vez de uma valsa qualquer, seria esta música que abriria o momento de dança (espantem-se... não é STP nem Jamiroquai :P).

sábado, 11 de outubro de 2008

Gordura e formosura... ou enfarte cardíaco

Já repararam que aqui há 20-30 anos havia sempre "o gordo" da turma? Era sempre, gozado, e muitas vezes posto de parte, como qualquer outro que fosse diferente (o marrão, o caixa de óculos...), pois afinal, as crianças são mais honestas que os adultos (podendo chegar mesmo ao limite da crueldade, já que a verdade pode ser dolorosa), e não têm meias medidas em pôr alguém de parte e a dizê-lo com todas as letras... falta-lhes o cinismo que se ganha com a idade... mas não é disso que vou falar.

Actualmente, vive-se a geração McDonalds. A fast food veio para ficar, e mesmo num país em que se come tão bem, é díficil resistir ao sabor da gordurinha... Eu ainda assim tive sorte, pois só praticamente aos 20 anos é que comecei a entrar nessa onda. Até lá, a comidinha da mamã e o facto de morar numa cidade sem grandes centros comerciais (aliás, até em Lisboa havia (só) as Amoreiras), fez com que só muito tarde começasse a "drogar-me".

Hoje olho para as rapariguinhas e é ver os pneus a transbordarem por cima das calças de cintura descaída. Aliás, até começo a achar que as próprias fábricas de roupa começaram a fazer modelos para pessoas cilíndricas, sem cintura. Antigamente não se usava certo tipo de roupa porque nos desfavorecia... mostrava uma barriguinha aqui... uma gordurinha ali... Agora, já não há esse problema. Porque toda a gente tem uma banhinha a mais... já não se tem "vergonha" de mostrar o que quer que seja. E de certa forma, o que interessa é que nos sintamos bem e não aquilo que os outros possam pensar de nós. Paradoxalmente, vivemos numa época em que cada vez mais se dá importância ao aspecto exterior, e quanto mais bonito, mais elegante, mais bem vestido (e mais acerebrado), mais sucesso se tem.

Arriscaria dizer que a esperança de vida vai começar a diminuir. A obesidade não traz nenhuma vantagem, nem física nem psicológica. Toda a gente sabe disso. Mas é tão bom comer batatas fritas... :P.

Chegámos à altura em que os "gordos" vencem. Num futuro próximo haverá o "magro da turma", que será com certeza objecto de gozo. A vida dá realmente muitas voltas...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Palavras

Já que estou numa de "língua portuguesa", faço aqui uma homenagem à minha palavra preferida: Pastel (e as que derivam dela). Não sei porque é que me lembrei disto agora (talvez por estar com fome), mas de facto adoro a sonoridade dessa palavra. "Pachetéél"... "Pachetelaria"... E por acaso, o respectivo "objecto" é agradável. Não sou nada esquisita a nível de pasteis... desde os doces aos salgados (com excepção apenas para os eventuais "pasteis humanos" que andam por aí)... Hmmm... já ia ali a Belém...

Também gosto da palavra Piursa. Não só pela sonoridade, mas porque me lembra a malta de Cascais (sim, foi pela boca de um deles que ouvi pela 1ª vez essa palavra... tá a ver?), e porque sim, também estou piursa neste momento. Piursa e Possessa...

Oh well...

Xim, eu xei ler e exkrever

1 koiza k m irrita pfundament é o pexoal k exkreve kom "kapas" e "xis" em xituaxões k n funxionam komo abreviatura nem kom a funxão de tornar a palavra maix pekena e, portanto, maix rápida de exkrever.

Já vos aconteceu estar em qualquer site e ver textos escritos por "teenagers"? Se por acaso me dou ao trabalho de tentar ler alguma coisa do que eles escreveram, acabo por perder a paciência e desistir. Será que também escrevem assim nos testes? Será que daqui a uns anos quando tiverem de fazer um curriculum também vão escrever assim? Uma coisa é tentarmos tornar a escrita mais rápida, no computador ou no telemóvel (sim, admito que de vez em quando também uso um "k" para substituir o "qu"). Outra coisa é substituir letras só porque é giro (????). Eu sinceramente espero que eles não falem como escrevem... e que tenham a noção de como é que se escreve correctamente.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Velha e acabada

Basta deixar de andar de carro, deixar o nosso mundo, a nossa concha (quase) intocável, para voltar a ter contacto com pessoas que normalmente no dia a dia não teria.

Hoje senti-me velha. Estive rodeada de adolescentes. Parece que ainda foi ontem que passei por "lá". Eu também fui assim? Será que também tinha aquele ar de miudinha? Será que também fazia aquelas figuras tristes? (sim, disso tenho a certeza... lembro-me de umas quantas, só assim de surra... :P).

É ridículo como nessa idade as preocupações são centradas em situações de vida ou morte, tipo, as borbulhas, a roupa de marca, o fazer "estrilho" para ser "cool". Os problemas existenciais de integração... o ser aceite no "grupo"... as saídas à noite... os copos... os cigarros... os amores platónicos...

Agora que olho para trás, reparo que, apesar de não ter sido um período agradável, consegui atravessa-lo sem grandes cedências. Mantive-me fiel às minhas convicções, sempre na minha onda (como ainda o faço), apesar de que teria sido bem mais fácil (e talvez mais feliz) se não o tivesse feito. O risco de se deixar influenciar é muito grande nessa fase da vida. É cómodo ser uma "maria vai com as outras" (e muita gente continua a sê-lo na vida adulta). Nesse sentido estive bem. Mas perdi outras coisas...

É uma fase em que parece que o mundo vai acabar por qualquer coisa de mal que nos acontece. Felizmente, já nessa altura tive a inteligência suficiente para perceber que a vida continua. Basta olhar para o lado e ver que as pessoas mais velhas estão lá... portanto, sobreviver é possível... apesar de que os problemas só tendem a ficar mais graves com o tempo, mas também a nossa capacidade de "encaixe" é maior.

Hoje olho para trás e dá-me vontade de rir. Se fosse hoje... ai ai... As coisas que ficaram por dizer e por fazer (por inexperiência, medo e crenças em contos de fadas... pura estupidez!). A ingenuidade... os sonhos cor de rosa... É tudo vivido com muita intensidade. É o "para sempre" e o "nunca mais". Mas com a idade percebe-se que a vida é bem mais complicada... e os finais felizes ("para sempre") são raros nos dias que correm.

Mas há recordações que vão mesmo ficar "para sempre". Há situações que "nunca mais" viverei e pessoas que "nunca mais" vou ver (felizmente para muitas, infelizmente para algumas). Há imagens da minha memória que me fazem sorrir e que me deixam triste por não voltarem mais... Se fosse hoje... ai se fosse hoje... Acho que essa é a grande dádiva da adolescência: aquilo que nunca nos chegou a dar.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Telélé

Como é que o telefone pôde revolucionar a humanidade? Simples. Tornando-se móvel.

Hoje olho para trás e penso como é que se conseguia sobreviver sem este objecto! Como é que as pessoas se conseguiam encontrar e combinar coisas. Como é que as pessoas faziam quando surgia um imprevisto?

A realidade é que vivi 2/3 da minha vida sem este objecto. E mesmo estudando fora, nunca deixei de ter boleia para casa quando ia de fim de semana (por vezes à custa de grandes secas por parte dos meus pais...). Nunca deixei de ir aqui ou ali, com a pessoa X ou Y, por não ter telemóvel para combinar. Por outro lado, o facto de estar "sempre contactável" também pode ter aspectos negativos... mesmo que o desliguemos, lá está o aviso de que o fulano nos ligou...

É um objecto engraçado. Capaz de nos proporcionar momentos de alegria (quando recebemos a chamada de alguém que ansiamos), momentos de desânimo (quando afinal a chamada não é desse alguém) ou de raiva (quando a conversa corre mal... podendo mesmo habilitar-se a ir parar contra alguma parede e ter de ser substituído).

Hoje admito que seria difícil viver sem ele. Mesmo que ele não se manifeste. Mesmo que passem dias sem que ninguém me ligue ou mande sms's. Só o facto de não o ter perto despoleta logo a dúvida: "será que alguém me ligou?". E eu detesto esses estados de incerteza.

É daquelas coisas que, depois de se ter, é "impossível" voltar atrás... pelo menos para mim.

Sou camionista.... sou o maior!

Porque é que os camionistas insistem em fazer ultrapassagens a 80 Km/h, quando o carro que se aproxima na faixa da esquerda vai a 120 km/h?

Eu sinceramente não percebo. Será que esse pessoal não tem a noção... da distância... da velocidade... do código da estrada?? O mais giro é quando ultrapassam alguém que vai a menos 1Km/h que eles... Enfim... Raro é o dia em que não me irrito com algum desses cromos.

De qualquer maneira aqui fica a votação:

Porque se algum veículo ficar destruído, de certeza que não é o dele (6)
Pensam que os espelhos só servem para verem as traseiras das gajas boas que passam por eles na rua (3)
Porque pensam que são os donos da estrada (a seguir aos taxistas, claro!) (1)
Tiraram a carta na Farinha Amparo (0)

Eu ainda assim, continuo a achar que eles precisam é de óculos (porque aquilo de ficar a olhar muito tempo para os calendários deve estragar a visão)... e de uma boa dose de civismo automobilístico.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Os trintões

Devo confessar que, até à altura em que entrei na casa dos 20 e tais, achava que a partir dos 30 anos era o início do fim. Olhava para os trintões como aqueles seres que tinham parado no tempo, que só ouviam música de porcaria, que não tinham o mínimo sentido de humor (ou no máximo faziam piadas pouco inteligentes) e que já tinham ficado carecas e barrigudos... Contudo, olho para mim agora, a caminhar a passos largos para a "década da decadência", e vejo que afinal as coisas são um bocadinho diferentes daquilo que eu imaginava. Continuo a ouvir a música "do meu tempo" (pois pouco do que sai de novo me parece ter qualidade ou sai fora do "comercial teenager"), mas penso que mantive o sentido de humor (ah, e não estou careca nem barriguda). Mas tenho a certeza que o pessoal de 18 anos me vê como uma cota.

Não posso dizer que estou igual ao que era há 10 anos atrás, pois em 10 anos (que passam a correr!) vive-se muita coisa, aprende-se muita coisa. A questão é que, inevitavelmente, é essa diferença de 10 anos nos faz experimentar coisas que a geração seguinte não tem ideia. E daí essa sensação de que os trintões eram seres de outro planeta. Velhos.

A propósito de um artigo de Nuno Markl, e tal como ele diria, "a juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida (...) porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta."

Veja-se o caso dos desenhos animados. Já lá vão os tempos dos bonecos queridos e coloridos, com histórias que não se centravam sobre a aniquilação da humanidade... Lembro-me dos sábados de manhã, acordada em frente à TV, ainda sem a programação ter começado (com a Ana Faria e os Queijinhos frescos como tema de fundo), à espera que chegasse a sequência de bonecada. Eu sou do tempo do D'Artacão, do Bocas, passando pelos Duck Tales e Gummy bears... Sim, eu chorava com a música do Marco! Belos tempos. Os Power Rangers marcaram o início da desgraça... A hora da novela era sagrada... naquela altura em que dava uma única novela na televisão, e havia apenas a RTP. Até o "Festival da canção" e a eleição da "Miss Portugal" eram momentos imperdíveis.

Os velhos jogos de computador... aqueles que cabiam (em conjunto com outros 3 ou 4) numa única disquete. Oh meu deus... as disquetes... eu ainda cheguei a ver aquelas com tamanho XXL. Eu pergunto se os putos de hoje em dia alguma vez viram uma disquete. Ou se sabem o que é o DOS, ou o spectrum! Os jogos a 2D... Confesso que passei muitas tardes a jogar computador. Era um vício. Mas não foi por isso que deixei de brincar, de correr, de andar de baloiço nos parques com areia (!) e não com aquele chão emborrachado que têm actualmente, não vão os miúdos apanhar alguma doença! Hoje em dia os "putos" querem é PSP e telemóveis para mandar mensagens. São uns meninos. Segundo o N.M., e muito bem, "se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft. Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. (...) No meu tempo, se um gajo dava um malho nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse."

O que me custa é que os pais potenciam e mantêm esta situação. Será que se esqueceram que não tiveram 1/10 das mordomias que exigem hoje para os filhos como condição indispensável à sua sobrevivência? No meu tempo, ia sozinha para a escola, a pé, à chuva se fosse preciso. Nunca andei em nenhum colégio de meninos de bem. Tive colegas que hoje, provavelmente, já devem ter morrido de overdose. E, no entanto, não foi por isso que não cheguei onde cheguei. "Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? (...) E ainda nos chamavam geração 'rasca'... Nós éramos mais a geração 'à rasca', isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade... Agora não falta nada aos putos."

Agora que estou quase nos 30, percebo que há coisas que já não voltam. Mas pelo menos vou sempre pertencer a uma boa colheita. Não a trocava por nada... muito menos por uma geração "Morangos com açúcar".

A música do momento

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Pensamento do dia

"É tão cómodo, fácil e conveniente quando o outro decide por ti."

Já vos aconteceu? Espero que não. É que isso diz muito sobre uma pessoa...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Bilbau

Bilbau...havia tanta coisa para dizer sobre Bilbau... naaa.. estava a brincar ;) Mesmo assim, depois de ter passado uns dias nessa pequena cidade, não posso deixar de fazer alguns comentários.

Para quem gosta de bom tempo, é melhor ficar em Portugal (a menos que queira experimentar as 4 estações num só dia). Para quem gosta de ver monumentos e afins, é melhor escolher outro destino (em toda a cidade apenas vi uma igreja).

O que há para ver então em Bilbau? Bem... além de ter edifícios com fachadas muito bonitas, tem o Guggenheim. O edifício, por si só, está muito giro, e aquele aspecto frio e rígido do metal acaba por ser apenas para enganar (as escamas de titânio não são frias e são moldáveis com o toque!). Por dentro, várias exposições, permanentes ou temporárias. "The matter of time" de Richard Serra é simplesmente fabulosa. Só estando lá para percorrer aqueles labirintos e experienciar a acústica. E depois, a arte de Juan Muñoz, algo que, se não tivessemos guia, eu jamais gostaria pois não compreenderia a mensagem que une toda a obra (se bem que mesmo com guia muita gente não gostou...). Duas palavras: Bru Tal. Em "Many times", é de experimentar a sensação de ir para o centro de um círculo de estátuas que olham e sorriem para nós sem percebermos porquê...

Ainda relativamente a arte, o Museu de Belas Artes, é um bocado fraquinho (pelo menos para quem já foi ao Louvre...). Fica visto em uma hora e pouco... lol

Quanto à gastronomia, digamos que o melhor que eles têm são as entradas (os chouricinhos e tal...). As sobremesas são todas horríveis, o café é pior ainda e a comida em si deixa um pouco a desejar (até houve um restaurante XPTO de cozinha tradicional em que se comia peixe cru... e não, não era Japonês). E apesar de serem como nós em relação ao gosto pelo bacalhau, simplesmente não o sabem cozinhar. Realmente, ainda estou para descobrir um sítio onde se coma melhor do que em Portugal.

Finalmente, uma palavra sobre a vida nocturna. Lisboa? Barcelona? Amsterdão? São uns meninos comparados com a noite de Bilbau! Ok... estou a exagerar um bocadinho. Não, pronto, estou mesmo a mentir. Digamos que, a partir do momento em que os convidados de um baptizado entraram em peso para beber café no Museu de Belas Artes, algo me disse que não haveria grandes alternativas a nível de animação. E claro que não me enganei. A noite de Bilbau é... tipo... como diria... a visão do inferno. A noite começou com a guia a levar-nos ao "sítio do momento" (e que, convenientemente ficava perto da casa dela... Porque seria que ela nos deixou lá e nem esperou que entrassemos?). É que a noção que eles têm de "lounge" é um bar/discoteca sem mesas nem cadeiras, dividido entre um corredor onde está o balcão e um cubículo onde se dança... Isto associado ao facto de que o cubículo estava cheio com os convidados de um casamento (noivos inclusivé). Resolvemos procurar outro local mais agradável... e... não só verificámos que eram todos no mesmo andamento, como acabámos por decidir ir para um que ficava perto do hotel (mais que não fosse para ser mais fácil fugir dali...). Pois bem. O que se seguiu foi das experiências mais bizarras da minha vida. Nunca tinha visto um sítio assim. Qualquer coisa tipo "Aberto até de madrugada" meets "Gato preto gato branco" meets "David Lynch" meets "outra coisa qualquer". Desculpem não fazer grande descrição além desta, mas aquilo só vendo. Ah! E estavam lá 4 casamentos (o funeral ia sendo o meu, se ficasse lá mais um minuto). Enfim. A lição que se tira é que por ali o casamento é o melhor pretexto para sair à noite.

De um modo geral, acabou por ser melhor do que esperava (as minhas expectativas estavam muito em baixo). Mas para a próxima espero que me convidem para Barcelona ;)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Questões de carácter

As pessoas teimam em confundir "extroversão" ou "simpatia" com "bom carácter". Partem do princípio de que alguém muito falador e de riso fácil só pode ser boa pessoa. É muito fácil gostar desse tipo de pessoas... O que ninguém se lembra é que essas qualidades são essenciais para o engano. É a velha táctica do "vendedor". Muito paleio e lá se vai enrolando a vítima. Inicialmente até parece um abraço, e os totós continuam a pôr as mãos no fogo e a cair que nem patinhos... mas com o passar do tempo o abraço transforma-se num aperto traiçoeiro de jibóia... e normalmente aí já é tarde demais para reverter a situação. Pessoas que usam essas qualidades para atingir os seus fins, são as mais perigosas. É que reparem, as antipáticas, caladas ou de pouco riso, não enganam ninguém, pois à partida não são pessoas de quem se goste tão facilmente. Se tiverem atitudes menos dignas, já toda a gente estava à espera!... "ah e tal... nunca gostei muito dele...".

Às vezes, o falar muito, o rir muito, o rir alto, o dar nas vistas, mostra apenas que por dentro há uma pessoa imensamente desprovida de qualidades. São as chamadas "sonsas". Nos dias que correm, o invólucro exterior é muito mais importante que qualquer outra coisa (a imagem vende... e muito), e elas aproveitam-se disso. Há quem só passe para fora aquilo lhe convém. São armas que se usam para se conseguir o que se quer. Mas fingimento ou dissimulação jamais poderão ser sinónimos de bom carácter.

Quem é intrinsecamente "bonito" não precisa de uma camada de "maquilhagem" em cima para o parecer.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Informação meteorológica

Só para que conste, hoje foi o melhor dia de praia deste Verão.

A temperatura foi a ideal, com um calor perfeitamente saudável e suportável pela ligeira brisa que corria. Bandeira verde, mar que mais parecia o do Algarve, tanto em relação à temperatura (sim, tomei banho!) como à ondulação (tipo piscina). Música ambiente perfeita (a minha selecção preferida), uma leitura agradável, um crepe com gelado delicioso e pouca gente (o que significa pouco trânsito no regresso). Só lá faltavam os habitués (Sérgio e Vicente... espero que o trabalhinho esteja a correr bem!). Só o pôr do sol ficou escondido pelas nuvens que começaram a aparecer. Toda esta conjuntura fez deste dia, o dia de praia perfeito (sim, vamos considerá-lo dessa forma, porque também não se pode pedir tudo!...).

Achei que devia ficar registado ;P

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A aventura da condução

Estive praticamente 8 anos sem conduzir porque não gostava nem tinha necessidade (ou até tinha, mas o "não gostar" era mais forte). Até que a necessidade cresceu e fui obrigada a passar para o lugar do condutor. E ainda bem. Descobri que gosto de conduzir. E muito. A única desvantagem é não poder ir simplesmente a olhar pela janela, perdida nos meus pensamentos...

Gosto de conduzir. Agora posso dizê-lo. Principalmente se for depressa (mesmo quando tenho todo o tempo do mundo). Isso de certo modo não é de admirar, uma vez que sempre estive habituada a viajar depressa (no lugar do morto), e mesmo andando a pé detesto andar devagar. Gosto sobretudo de fazer viagens longas (ainda não acho muita piada a isso de andar dentro da cidade...) e sabe-me bem perder uma boa meia hora a conduzir (depressa... claro). Além disso, é uma boa desculpa para ouvir a minha música (bem alto). Ando com vontade de fazer umas centenas de Km, sem destino... só pelo prazer.

Só tenho pena que o meu carro não dê mais que 140 (ok... 150 se for uma descida... :P)... e pena maior ainda, o facto de ter regressado o meu maior inimigo... o vento! Hoje já senti o meu bólide a "esvoaçar"... e isso significa que, na melhor da hipóteses, vou voltar a andar nos 120... (e sendo já isso um verdadeiro desporto radical). Quando chegar a altura de trocar de carro, terei de comprar um mais potente (afinal, agora admito que os cavalos são bem importantes...) e já agora que não "abane" tanto... Talvez um Brabus!... lol

Acho que as tardes perdidas a jogar Lotus (e a ganhar... eheh), queriam dizer alguma coisa que na altura me escapou...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Crise

E eis que chegou um mês que eu sempre detestei. Setembro. Antigamente porque assinalava o fim do Verão... os dias mais pequenos... o frio a aparecer... o fim das férias... o início das aulas... Agora, simplesmente porque, apesar de o Verão já não ser o que era e eu já não andar a estudar, não deixa de ser um mês triste. Até a dormir já tenho frio... É aquela altura do ano em que me apetece emigrar para um país tropical... O sol faz milagres a nível da disposição... Enfim. Simplesmente estou sem inspiração e este mês não me irá ajudar em nada. Pelo contrário.

Precisava agora de outro Verão para me animar um pouco. Maybe next year... :´(

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"Amores"

Cada vez mais as pessoas forçam determinados sentimentos para de certa forma suplantarem outros menos agradáveis. Cada vez mais oiço histórias de "amores" que são tudo menos isso, e daí as aspas. Cada vez mais, as pessoas chegam à conclusão (às vezes tardia) que não sabem o que é o Amor... porque o confundem com outras coisas...

Pois eu nessa história do Amor sou muito pragmática. Não acredito em "paixões" ou "amores" que surgem devagarinho, depois de se ir conhecendo a pessoa ao longo de meses ou anos a fio... O "amor" que surge com o tempo não é amor. Chama-se "Carência". Carência de muita coisa, inclusivé carência de nós próprios. Carência de auto-confiança e de auto-suficiência... em resumo, o ser uma grande nulidade como pessoa. Quando o "amor" é uma tábua de salvação (novamente, de muita coisa, inclusivé uma tábua de salvação de nós próprios), é porque não é amor... Inconscientemente, sem que se apercebam, é o engano do "melhor que nada". É a necessidade de ter alguém ao lado... é o querer ter companhia à força... É o medo da solidão...

A solidão... oh... a solidão... O maior medo da alma humana... o medo de ficar sozinho para toda a vida... o desespero de ver os anos a passar... a frustração de ver os outros felizes com alguém ao lado... e nós sem ninguém...

Realmente, só quem já esteve sozinho consegue conhecer-se a si próprio e atingir a tal auto-confiança e a tal auto-suficiência. Mas, infelizmente, nem toda a gente que está ou esteve sozinha consegue atingir esse nível. Daí passarem a vida atrás da velha solução da substituição... substituir um "amor" por outro a qualquer custo... e só descansarem quando o conseguirem... seja lá como for que o conseguem. Será talvez mais fácil do que reflectir e perceber que a solução é crescer como pessoa individual em vez de depender eternamente da "felicidade" que nos proporciona algo (alguém) exterior a nós. Talvez o medo da solidão seja maior do que a dádiva de sermos felizes por nós próprios. É que isso pode ser perigoso... percebermos que não precisamos de ninguém... tornarmo-nos irremediavelmente exigentes e incapazes de voltar a amar alguém que não reuna todos os critérios que ambicionamos (no meu caso, "The Fantastic 4"... private joke...)... tornarmo-nos sós... o medo que a liberdade se torne um vício, já dizia o outro...

Acredito no Amor... no verdadeiro Amor! Naquele Amor que começa pela paixão, logo no 1º momento... no 1º impacto... o tal "clique"... e que, depois da paixão descansar, permanece como aquele calor que nos aquece por dentro, aquela calma que nos faz sentir que a vida vale a pena... Esse Amor puro... isolado de outros sentimentos... sem mágoas, sem remorsos, sem medos. É esse Amor que consegue vingar verdadeiramente... porque as pessoas que o vivem são de facto felizes... Não é o outro amor... o de substituição... aquele que inevitavelmente termina quando a ilusão se desvanece.

O problema é que o Amor verdadeiro só pode surgir quando as duas pessoas atingiram a tal maturidade em que não se importam de estar sozinhas. Acredito que esse Amor verdadeiro existe e não é apenas ilusão do meu pensamento.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A tua face

Passo a mão pela tua face, que eu tão bem conheço. Todos os seus contornos... a textura... Era capaz de a esculpir de olhos fechados...

Passo a mão pela tua face e sinto todo o teu corpo... todos os desejos, todos os planos, todos os sonhos...

Passo a mão pela tua face. Ela mudou com o tempo. A idade marca-a com linhas que antes não existiam. A vida marca-a com expressões outrora desconhecidas.

Passo a mão pela tua face e descubro tudo o que me faz feliz. Tudo aquilo que nos fez felizes. Tudo aquilo que já tive, e que perdi...

Passo a mão pela tua face... e percebo porque me sinto assim.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Fadas madrinhas

Está mais que provado que eu devo ter em cima qualquer maldição que me contraria logo após eu dizer qualquer coisa. Pena é que só funcione para o mau. Se eu disser "Epá... nunca ganhei o EuroMilhões", continuo sem ganhar... Mas se eu disser "Epá, nunca me aconteceu isto", sendo "isto", algo de mau, a minha maldição de estimação reaparece das trevas e consegue contrariar as minhas palavras, tornando realidade o "isto", e assustadoramente cada vez com maior rapidez... quase que basta eu acabar de falar. Acho que vou morrer sem que se quebre o feitiço...

Por outro lado, quem me dera ser menos intuitiva. Deixar de sentir as coisas que se passam à distância, que eu, de outro modo, não saberia que se estariam a passar. Deve ser isso que alguns gémeos sentem em relação ao outro. É o saber que algo de errado está a acontecer. Aquela ansiedade que torna difícil, ou quase impossível, a respiração. Um aperto no coração que se torna mais doloroso que uma dor física. A vontade de chorar... Não dá para explicar. As dores de alma são as piores. E a ignorância é uma benção tão grande... por essa não me importava de ter sido abençoada...

Que bela fada madrinha que eu arranjei... Não acertou uma...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Vamos ginasticar!

Realmente o "não fazer nenhum" é uma coisa tramada. Falo por mim. Houve tempos (que já lá vão....but not so long ago) em que era capaz de correr 20 minutos a um ritmo relativamente rápido, continuar com 10 minutos de remo e mais meia hora de musculação. Mas claro... eram tempos em que eu andava a pé... tinha de correr para apanhar os transportes públicos... fartava-me de subir escadas... E agora, o facto de ter carro e de trabalhar num 5º andar (que por si só é um motivo psicologicamente mais que suficiente para esperar pelo elevador), mudou completamente a minha forma física. O meu coração, que já era de pardal, agora é, no mínimo, de colibri. Por sorte não engordei...aliás, até estou mais magra, o que acaba por ser uma vantagem agora que decidi que tenho de mudar isto...

Pois bem, já que, pelo menos por enquanto, tenho tempo, voltei para o ginásio (2 anos depois de lá ter posto os meus pezinhos pela última vez). Curiosamente a minha força de vontade (ou necessidade de me distrair) está em grande porque, apesar de ir sozinha (e como tal não ter aquele "empurrãozinho" extra), ainda só falhei um dia (ok, só lá estou há uma semana... mas podia ser pior!). Mas amanhã é que vou começar um treino mesmo a sério... e pela amostra que o instrutor me deu hoje, acho que depois de amanhã só vou conseguir mexer os olhos!...

Enfim, o importante é que estou motivada... resta saber se é para durar... Darei noticias quando desistir, ou quando tiver uns grandes rectos abdominais bem rijinhos...lol

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

8-8-8

Civilizações antigas atribuiriam com certeza qualquer significado divino ou catastrófico para o dia de hoje.
Para mim, um dia como os outros... Ou será que antes da meia noite ainda vai acontecer algo de extraordinário?
Amanhã saberei.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

My god its been so long, never dreamed you'd return...

Hoje tive finalmente coragem de me aventurar a ouvir outras músicas além daquela que nos últimos tempos tocava insistentemente no “repeat” do meu leitor de mp3 numa tentativa de manter o equilíbrio.

Houve uma particularmente que me fez sorrir… eu cá sei porquê… Reporta-me aos velhos tempos de guitarradas... a Aljezur… e a outras coisas que ela explica tão bem… :)

É aquela dos Pearl Jam…a que não rima… "Elderly woman behind the counter in a small town".

I seem to recognize your face,
haunting familiar yet I can’t seem to place it.
Cannot find a candle of thought, to light your name
Lifetimes are catching up with me.
All these changes taking place,
I wish i'd seen the place
but no one’s ever taken me

Hearts and thoughts they fade,
Fade away
Hearts and thoughts they fade,
Fade away

I swear I recognize your breath
Memories like fingerprints are slowly raising.
Me, you wouldn’t recall, for I’m not my former
It’s hard when, you’re stuck upon the shelf
I changed by not changing at all,
small town predicts my fate,
perhaps that’s what no one wants to see.
I just want to scream… hello…
My god its been so long, never dreamed you'd return
But now here you are, and here I am
Hearts and thoughts they fade... away

Hearts and thoughts they fade, fade away
Hearts and thoughts they fade, fade away
Hearts and thoughts they fade, fade away

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A nostalgia dos anos 90...

Há coisas que surgem na nossa vida que, embora na altura possam parecer desprovidas de importância, ao olharmos para trás verificamos que foram elas as responsáveis pelo escolher de certas direcções nas encruzilhadas da nossa existência, e consequentemente pelos acontecimentos mais importantes da nossa jornada. O mundo realmente é tão pequeno que às vezes se torna anedótico. Como as coisas se interligam de tal maneira, que, se fosse premeditado não sairia tão "bem".

Estou aqui a ouvir STP e, imagine-se, se há 10 anos atrás não fossem já a minha banda favorita, hoje a minha vida seria completamente diferente. Não teria conhecido as pessoas que conheci, não teria vivido o que vivi e de certeza que hoje seria uma pessoa diferente. É engraçado como algo tão simples como um gosto musical pode mudar abrupta e devastadoramente a vida de alguém. Não digo isto no sentido depreciativo. Foi apenas o rumo pelo qual me fiz guiar. Se me arrependo? Talvez. Tinha curiosidade em saber como tudo teria sido se não fosse esse simples pormenor, esse gatilho que despoletou tudo o resto. Será que chegaria aos mesmos cruzamentos e bifurcações? Uma coisa leva à outra... isso é verdade. Se eu soubesse o que eu sei hoje...

Sempre fui adepta do "diz-me o que ouves, dir-te-ei quem és"... ou do "não se ama alguém que não ouve a mesma canção". E realmente, 10 anos depois confirma-se que há uma certa (grande) verdade nessas minhas convicções. É difícil explicar, mas quando as músicas elevam a alma de tal maneira que se atinge um estado quase divino, só quem sente o mesmo poderá compreender. É como uma droga que nos inebria, embora sóbrios. É a comunhão perfeita. É aquele abraço depois de um concerto, sem ser necessário dizer mais nada.

O verdadeiro artista é aquele que não precisa de ninguém que escreva ou toque por ele. Nunca fui de letras "básicas" de interpretação simples e evidente (que, se traduzidas para o português, em que tudo soa pior, se assemelham à bela da música pimba). Nunca fui de acordes fáceis e repetitivos, que ofendem qualquer guitarrista que pouco sabe tocar. E para isso é preciso ver para além do óbvio. Concluir aquilo que para nós pode ser muito diferente, embora legítimo, daquilo que é para os outros.

Já não pegava na minha guitarra há pelo menos uns 4 anos. Já me tinha esquecido dos contornos... do som... As cordas pelo menos ainda estão intactas. Falta o resto. Falta os dedos encontrarem o caminho. Prometo que vou voltar a tocar.

É difícil escolher uma música. Todas elas me dizem algo. Todas fizeram parte de certo ponto da encruzilhada. Escolhi esta. No fundo foi ela a principal culpada. E tanto que ela diz...

Estou prestes a cometer uma loucura e meter-me num avião direitinha aos "States" para vê-los actuar...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Poesia (?)

Uma vez tive um professor que era todo dado à poesia, teatro e afins. Talvez por eu ser mais tímida, parece que "embirrou" comigo para que eu apresentasse sempre os trabalhos que ele pedia para fazer, nomeadamente poemas (que vergonhaça!..). E, talvez por eu nunca escrever explicitamente sobre os temas sobre os quais incidia toda a escrita dos meus colegas, meteu na cabeça dele que eu até tinha jeito para a coisa... (coitado... lol).

Visto que estou numa de desencantar memórias, aqui vão as minhas "obras primas" poéticas (e filhas únicas). Já se passou tanto tempo...


Somos minúsculos perante o mistério
do destino.

Entregamo-nos à realidade?
Libertamos o tempo?

Iremos descobrir com a experiência o destino
do mistério do destino.

Nossa vontade era parar
o destino,
acabar o futuro.
Mas o destino faria o futuro,
quando este acabado?

Entregamo-nos à realidade?
Libertamos o tempo?

Tudo é lento.
Tudo é tempo.



A lágrima é suave, quente,
sinto-a ardentemente como uma chama.
É líquida, leve, transparente, cintilante,
repleta de sentimento.
Olho-a: é grande, maravilhosa,
especial.




Violinos a soar.
Estaria a anoitecer?
Rimas soltas, pelo ar,
A inspiração sem aparecer.

Vinham gritos, talvez cantos.
Isto seria verdade?
Loucas melodias, desencantos.
Havia até sons de saudade.
E estes seriam, eu pensei,
na amargura de cada dia,
a inspiração que nunca terei.



1995

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Notas soltas

Fui descobrir no meu "baú" das recordações, algo que escrevi há uns anos. Não deixa de ser irónico. Aqui fica.

E aqui estou eu. Sozinha mais uma vez... Todas as vezes... Sempre. Neste quarto vazio. Vazio de sentimentos. Vazio de essência.
As coisas mudam de repente. O que era, já não é. Deixou de ser há muito tempo. Nunca chegou a ser. Talvez afinal as coisas nem cheguem a mudar. Mantêm-se sempre no mesmo estado. Estáticas, como numa fotografia. Parece que o tempo pára, e continuamos inertes, impotentes, a assistir à vida a passar diante dos nossos olhos. Talvez as coisas não mudem mesmo. Nós é que nos abstraimos, por um momento, da realidade, e ficamos felizes, vivendo agarrados à ilusão. Uma felicidade quase infantil que nos faz querer saltar, correr... Uma felicidade como quando recebemos um brinquedo que há muito desejavamos. Agradecidos eternamente pela concretização do sonho. Eternamente... até ao momento em que o brinquedo deixa de ter graça. Passa a ser uma coisa banal. “Que estupidez ter algum dia sonhado com isto!”. Surge então uma nova meta. Uma nova conquista. Um novo brinquedo. O ciclo vicioso que se repete vezes e vezes sem conta. Até ao momento em que o brinquedo já não o é. Nós é que passamos a sê-lo. E a vingança serve-se fria. É o pagamento pelo desprezo que um dia oferecemos às coisas banais. O pagamento é um vazio enorme. Um vazio maior que este quarto. Maior que o mundo. Um vazio que nos roi por dentro e nos deixa ainda mais vazios. Ja não há nada a esperar. Resta-nos sentar confortavelmente no sofá, em frente a um espelho, e ver a vida passar. Ver o que a vida nos faz. Tornamo-nos fechados. Isolamo-nos. Nada mais interessa. Desconfiança? Sim. De tudo e de todos. Esperança? Já morreu. Afinal era mentira... não era a última a morrer. Ou talvez tenha sido. Sim, porque chega ao momento em que já estamos mortos apesar de continuarmos a respirar. E é nessa altura que olho para trás, e se pudesse fazia tudo diferente. “A vida só nos dá o que merecemos”?... Utopia! Já que a vida é um filme, daqueles cujo argumento é tão intragável que era melhor nem chegar a ser escrito, então o ideal é carregar no “pause”. Ficar para sempre num fim de tarde, com o sol quase a pôr-se. Naqueles dias de Verão em que já começa a fazer uma aragem fresca. Naqueles dias em que essa aragem arrepia mas ainda sabe bem. Naqueles dias em que se alcança o céu quando alguém especial nos abraça e nos faz esquecer o frio. Esquecer tudo.
Deito-me na relva, na colina em que se vê grande parte da cidade. Ali fico. Longe e tão perto de tudo. O vazio permanece. Latente. Crónico. Olho o céu azul. É das poucas coisas bonitas que a vida nos oferece. Surgem na minha mente imagens... recordações... Adormeço. Finalmente encontro a paz.

25 de Junho, 2001


Sinto o corpo a enregelar. Já não sei se o frio vem de fora, deste entardecer, ou de dentro... das minhas ideias, que passam a uma velocidade tremenda, sem no entanto se irem embora. Os mesmos pensamentos tomam conta de mim. Envolvem-me como esta brisa fresca, gélida até. Sinto-me como numa teia. Indefesa e impotente como qualquer presa nas garras do seu predador.
Sinto um arrepio e uma sensação esquisita no estômago, como se estivesse numa queda livre repentina. Como numa montanha russa. Afinal, a vida é como uma montanha russa. Subidas, descidas, muitas voltas, e no final acabamos sempre no mesmo lugar. No lugar de partida. Só mudam os ocupantes das carruagens. E nem temos a permissão para os escolher livremente. Entram nas carruagens sem pedir, retribuindo apenas com desilusões. Será tão difícil aprender com os desvios do percurso? A quantidade de descarrilamentos nunca será suficiente para nos libertarmos definitivamente? Assim continuamos, de viagem em viagem, a observar as mesmas imagens, a passar pelos mesmos lugares e a cair nos mesmos buracos. Sempre assim... até que a viagem acabe de uma vez por todas.
Está a anoitecer. O vento torna-se mais forte. Parece empurrar algumas estrelas, que, por desejo de liberdade e mudança, riscam o céu em sinal de protesto, e desaparecem para sempre, talvez esquecidas... talvez ignoradas... enquanto as outras, fieis à estagnação que as envolve, permanecem... fixas... paradas… É como esta inércia que me prende e impede de fazer o que está certo. Nem mesmo o vento me empurra para o caminho correcto. É preciso muito mais do que um simples empurrão. Para tudo há que ter coragem. Coragem e auto-estima. Da mais simples à mais difícil das decisões.
E uma música não me sai da cabeça. A melodia flutua por entre os pensamentos, e acaba por se misturar com eles, numa verdadeira banda sonora da fraqueza que me absorve.
Uma vez alguém disse “Se continuas vivo é porque ainda não chegaste onde devias”. Talvez seja. Talvez a última paragem seja diferente das outras. É melhor acreditar que sim... que afinal a viagem tenha feito mudar alguma coisa... nem que seja uma mudança para apenas um dos ocupantes, que tenha a coragem de riscar o céu, sublinhando a sua indignação... nem que seja por um instante. Assim não terá sido em vão.

18 de Setembro, 2001

terça-feira, 29 de julho de 2008

"A sombra do vento"

Já tanta gente me tinha falado maravilhas deste livro, que tive de o ler. E hoje dei a "notícia" a uma dessas pessoas: Não gostei.

Para quem não leu "Os Maias" por não ter sobrevivido à estucha do Ramalhete, então este é um livro a evitar. Por acaso não me incluo nesse grupo, uma vez que, sempre na esperança de que viesse uma boa história depois do tédio daquela descrição infindável (1/5 do livro...), acabei por não me desiludir. Em relação ao "A sombra do vento", o livro até poderia ser bom (ou menos mau), se se limitasse ao 1/5 do livro que de facto tem história. Neste caso, a esperança de que ainda ia acontecer algo surpreendente que o tornasse "espectacular", foi completamente por água abaixo. A história, de certo modo, lembrou-me a d'Os Maias (e muitas outras histórias do género), e talvez por isso a tenha achado demasiado previsível. O enredo até prometia, mas acabou por não trazer nada de novo. Há o rapazito ingénuo, a mulher fatal, o homem amargurado, a mulher frágil, o amigo verdadeiro, o monstro, o amor impossível e o engodo de um pseudo-mistério. Tudo muito visto... pouco original... e daí a minha desilusão (era justo alguma compensação depois de tanta "palha"!). Enfim. É daqueles que se incluem no grupo "muita parra e pouca uva". Demasiados rodeios e pouca objectividade (o que tipicamente acontece quando se faz um livro de 507 páginas com uma história que tem pouco sumo para deitar quando espremida). De certeza que os livros do Julián Carax deviam ser melhores...

Não sei como é que o Sr. Joschka Fisher o leu "num dia e meio, de uma assentada"... Boriiiiing!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Beleza que dói

Tal como identifico um bom cantor quando me causa arrepios na pele, as várias expressões de arte são capazes de provocar em mim diferentes tipos de sensações, por vezes ilógicas ou difíceis de explicar. Podem ser as palavras e o seu significado, mas quando não há palavras que nos possam dizer algo, tudo se torna mais estranho. É o que acontece com certas músicas que me tocam a alma de tal maneira que me fazem lembrar de coisas que não podem ser recordadas... simplesmente porque nunca foram vividas... A beleza, por vezes, dói. Toca-me profundamente e comove-me com tal intensidade que, paradoxalmente, faz-me chorar. Aqui deixo uma homenagem a duas músicas que, desde a 1ª vez que as ouvi, ainda miúda, e por muitas vezes que as oiça, vão sempre conseguir despertar em mim alguma lágrima... Nessun Dorma de Puccini e... claro... a mais bela de todas... Clair de Lune de Debussy...


terça-feira, 15 de julho de 2008

As mulheres...

Da primeira vez que vi este anúncio fartei-me de rir. A minha vontade foi de ir a correr partilhar estas gargalhadas... mas acabei por não ir a tempo... por já não fazer sentido essa partilha.

Não há dúvida que as mulheres são umas c*bras (o * pode ser substituído de acordo com a preferência por animais rastejantes ou com cornos, se bem que nenhum deles tem culpa de nada). Claro que há excepções à regra (felizmente, poucas mas boas). Mas de um modo geral, pecados mortais como a vaidade e sobretudo a inveja (até porque um leva ao outro) podem ser maioritariamente atribuídos a este sexo. Não é por nada que a 1ª mulher (a tal de Eva) fez o que fez... Já nessa altura se sabia o quão falsa e cruel pode ser uma mulher... até mesmo aquelas nas quais a fatiota de cordeiro assenta tão bem que quase parece ser delas. Essas são mesmo as piores... as que são tão dissimuladas ao ponto de conseguirem iludir (e continuar iludindo) até a alma mais perspicaz.

Nesta altura estão a dizer "deves ter muitas amigas, deves...". Pois bem. Não, não tenho muitas amigas. Tenho algumas. Não posso dizer que já tive mais, pois as que já não o são é porque nunca o foram de verdade (tendo em conta a definição da palavra "amizade"). A priori sempre me dei melhor com rapazes, é um facto. E dos meus amigOs nunca tive razão de queixa. Enquanto que o que recebi de algumas das poucas "grandes amizades" femininas que tive na vida (precisamente aquelas que eram as "melhores amizades"... as tais do disfarce de cordeiro...), foi a experiência de sofrer na pele traições que nem o meu pior inimigo seria capaz de engendrar ou desejar para mim. Por isso, e com conhecimento de causa, estou à vontade para falar. Porque sei do que falo. Já tive a inocência de pensar de outra maneira. Mas descobri que há intrigas e enredos que não acontecem só nos filmes (ou nas novelas mexicanas). São mesmo reais. Só espero não voltar a cair na armadilha. Não tenciono voltar a trincar maçãs envenenadas.

Hoje posso dizer, com toda a certeza, que quanto mais conheço as mulheres, mais eu gosto dos homens...

O meu 1º dia de praia

Hoje foi um dia especial.

Hoje fui à praia pela primeira vez na minha vida. Coisa estranha, vindo de uma mulher algarvia! Mas é verdade. Hoje foi o meu 1º dia de praia... sem companhia! Por incrível que pareça, e gostando de praia como eu gosto, nunca o tinha feito sozinha. Sempre tive alguém que me acompanhasse. Não posso dizer que não é bom ter alguém com quem partilhar um comentário...uma gargalhada...ou mesmo o silêncio. Mas, numa altura em que os amigos estão a trabalhar, e estando eu de férias num dia de calor brutal, achei por bem iniciar mais uma actividade na companhia de mim mesma.

Lembro-me que a primeira coisa que comecei a fazer sozinha, foi ir a concertos, e, à excepção do final em que é bom ter alguém com quem partilhar a euforia do “pós”, acaba por ser muito melhor. Isto porquê? Porque vou quando e para onde quero. Porque acabei por não vibrar da mesma maneira em vários concertos por ir acompanhada e não querer afastar-me dos acompanhantes. Também já fui sozinha ao cinema (ok, só uma vez), mas é algo que hei-de repetir, provavelmente em breve.

Agora ir à praia é que não. Ter paciência para me meter no carro e conduzir em direcção a um sítio que não conheço bem (ok, já lá fui n vezes, mas no lugar de pendura nunca reparo nos caminhos), e chegar lá e ter apenas um livro como companhia (que até nem era grande coisa...mas disso falaremos noutras núpcias)... isso nunca. Até correu bem. Renovei o bronze, a água (milagrosamente!) estava boa, e até ouvi uns piropos engraçados (ao que se sujeita qualquer mulher sozinha perto de um grupo de rapazes). Fui às horas que quis, voltei às horas que me apeteceu, e durante a viagem ouvi a minha música, com o volume que bem entendi.

Sobrevivi à experiência. Amanhã tenciono repetir. Pode ser que me habitue de tal maneira que já não queira outra coisa…

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Super Bock Super Rock Vs Jamiroquai

Já há algum tempo que não ia a um concerto. O último foi em Agosto de 2005 (meu deus! como é que eu aguentei 3 anos sem um moshzito!), quando, curiosamente, fui ver Jamiroquai no festival Sunrise em Albufeira. Já os tinha visto em Maio de 2002 (GRANDE concerto no Pavilhão Atlântico...BRUTAL!), e, visto que há 2 anos não fui ao Rock in Rio para os ver (por razões óbvias), chegou finalmente a altura de curtir um bom som ao vivo.

Pela amostra que tinha tido no outro festival, e pelo que ouvi dizer da actuação no RIR, já estava à espera do que se passou. Um concerto curto, a saber a (muito) pouco. Cru, sem "efeitos especiais" (aquelas imagens de 2002 que nos faziam viajar para um mundo que não existe... ou talvez pelo que se fumava naquele recinto...). É definitivamente uma banda que deve ter o "seu" concerto, e não apenas fazer parte do cartaz de um festival. O ideal era mesmo o Coliseu (imaginem aquele som poderoso a flutuar com aquela acústica!).

Jay Kay, muito mais gorducho (pelo menos na cara) e com os "totós" a espreitar debaixo do gorro, cantou e dançou como só ele sabe. Começando com o poder de "The kids", seguiram-se as pautas de "High Times", "Space cowboy", "Travelling without moving", "Seven days in sunny June", "Little L", "Alright", "Runaway", "Cosmic Girl" e mesmo uma versão calminha do "Love Foolosophy". Para finalizar, apenas um encore, com "Deeper underground", altura em que houve algum movimento por parte do público (pena que tivessem acordado SÓ no final...).

Realmente estas novas gerações "Amukinadas" são muito fraquinhas. Como é que é possível que nas 20 filas de pessoas que estavam à minha frente, ninguém saltava ou batia palmas? Os braços erguidos à minha frente eram os daqueles que insistiam em fotografar ou filmar o concerto, sem se preocuparem minimamente com a vibração... com o curtir o som... Meus amigos, o concerto foi transmitido na Sic Radical, de certeza com muito melhor qualidade de imagem... para a próxima fiquem em casa que vêem melhor... E os olhares fulminantes quando alguém tentava começar a saltar, ou havia uma mínima movimentação... Definitivamente a geração do mosh foi substituída pela geração dos nhónhós. Há-de chegar o dia dos concertos virtuais, em que o pessoal fica em casa ligado a uma máquina a fingir que está em Wembley. Enfim, colheita como a de 79, já não volta a haver.

P.S: Não, não fui eu que tirei as fotos (é só ir à net). Recuso-me a levar a um concerto mais do que o bilhete e uma nota no bolso. Sou old school... não tenho remédio.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

There's a stillness in time
Which I cannot define
Does your heart bleed like mine
For a place we can go
Where the troubles of our time are far away

And I had all my life in front of me
Now my darkness days are trouble free
There are so many wondrous things for you to see

If you find that something's going wrong
Look around at what you're running from
You can wait a thousand years in line
For that stillness in time.

I found love in that way
And I'm never sad, and I'm always glad
Anything you give me today
I will be thankful for
People find it hard to be strong
Cos they don't know where they're coming from
There was nothing let to do but hang on
For a stillness in time.

If this world is turning too fast for your head
Just remember how bad times can roll instead
Guess I have to search a space inside my mind
For that stillness in time



Grande J.Kay... Só tu para me fazeres sorrir agora... Obrigada

terça-feira, 10 de junho de 2008

Rock in Rio... ou a exploração das massas

Já queria ter escrito sobre o Rock in Rio - Lisboa desde... a 1ª edição em 2004! Este ano este "festival" passou-me ao lado (excepto quando cortaram a 2ª circular para "plantarem" uma guitarra da Vodafone na berma), uma vez que me ausentei do país quase no início desse evento, e, a falta de tempo para ver TV poupou-me dos sucessivos anúncios do "Eu vou" que devem ter passado incessantemente (pelo menos nas outras edições assim foi).

Ora bem, considerando-me uma pessoa que já foi a uma quantidade razoável de concertos ao longo da vida, sinto-me no direito de me pronunciar quanto à qualidade (fraquíssima) deste evento. Sim, prefiro chamar-lhe "evento", porque de festival (de música) tem muito pouco...

Começamos logo pelo nome: Rock in Rio. Ora, verificando que de "rock" tem pouco ou nada, e de "Rio" ainda menos (só se estiverem a fazer referência ao Tejo!) partimos logo de uma premissa errada.

Depois vamos ao objectivo: "Por um mundo melhor". E eu pergunto: o mundo de quem? Só se for o mundo dos Medina... Neste contexto, o povo português, já habituado a ser a personagem em várias anedotas brasileiras, acabou por ser o alvo de mais uma. Somos peritos em cair no "paleio". E aí só tenho de dar os meus parabéns aos organizadores, porque conseguiram vender a ideia de que o Rock in Rio é um Festival de Música de Qualidade, e que é super in ir assistir. Alías, basta este segundo ponto (o factor in) para que este "festival" se torne numa romaria.

O local escolhido não teria sido melhor, uma vez que, sendo um evento, tem mais é de ter muito espaço para o pessoal passear, comer e beber. Ah, e também para ouvir música... (estava-me a esquecer desse pormenor). O problema é quando aqueles que até vão lá pela música se põem a saltar. É a nuvem de pó no ar, a roupa e o cabelo com uma tonalidade castanho-terra, a dificuldade em respirar... vá lá que a maioria do pessoal que vai (aquela malta adepta do "in") até se porta bem e acha completamente inadmissível e estranho que possa haver encontrões, mosh e afins, num concerto (!).

Quanto ao conteúdo. Bem, misturar Jamiroquai com Shakira, foi para mim um dos muitos cocktails desastrosos (e ofensivos) que têm passado por aquele palco. Mas, pelo que ouvi dizer, este ano também misturaram Rod Stewart com Tokio Hotel, portanto é óbvio que não aprendem com os erros. Depois há os habitués... Xutos, Ivete, and so on... só para tapar buracos. E para finalizar, há aqueles que são a prova evidente da exploração comercial do evento. Recordo, nauseada, o concerto de Britney Spears em playback (vá lá que a maioria dos (das) fãs nunca tinham saido de casa e acharam que aquilo foi o espectáculo do século). Nesta última edição, conseguiram ainda ser mais baixos ao aproveitarem-se vergonhosamente do espectáculo (de circo) de alguém que toda a gente sabe que precisa é de Rehab (apesar dela dizer que "não") e que, obviamente, jamais estaria em condições para actuar.

O preço: escandaloso se considerarmos um festival de música (e tendo em conta a qualidade duvidosa do cartaz), adequado se considerarmos um evento social - VIP.

"Eu fui" ao 1º (porque ganhei um bilhete de borla). "Eu não fui" ao 2º (apesar de estar em cartaz uma das minhas bandas favoritas). E tenho muito orgulho em dizer "Eu não voltarei" (a ponderar, talvez, na hipótese remota de um concerto de STP...).

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Os GRANDES Stone Temple Pilots

E eis que após 6 anos de interregno, com outros projectos pelo meio (e algumas curas de desintoxicação...lol), a melhor banda de todos os tempos (pelo menos para mim...), voltou a reunir-se. Já têm vários concertos agendados nos EUA... só espero que para o ano se lembrem que Portugal existe e venham cá repetir o concerto fabuloso que deram em Paredes de Coura-2001, mas já agora em Lisboa... sempre é mais pertinho... (desde que não seja em nenhum Rock in Rio, claro!).

Voltaram as montanhas russas e as libelinhas... e todos os devaneios musicais cuja interpretação fica ao critério de cada um. Já não se faz música assim...

Welcome back!