domingo, 24 de abril de 2011

Farmácias - Até parece função pública

Felizmente não tenho tido grande necessidade de ir a farmácias comprar medicamentos, e portanto não vou generalizar. Até porque quando se trata de medicamentos de rotina ou para situações crónicas, geralmente não costuma haver grande problema (pelo menos comigo). Agora para as situações agudas é que são elas. Ou tenho tido pouca sorte, ou comprar um simples antibiótico revela ser uma verdadeira epopeia nos meandros do farmaco-negócio. Já nem falo aqui da alteração da prescrição médica conforme convém, nem do pôr em causa a própria prescrição, dando informações erradas (por ignorância ou, novamente, por conveniência) ao doente (e isso é bastante frequente, mais do que se possa pensar!...). Falo de uma coisa tão simples como desconhecer a posologia de um medicamento mas falar como se soubesse, dando informações erradas. Falo de uma coisa tão simples como desconhecer que um medicamento existe em embalagens de 1 ou de 10 comprimidos (claro está que a embalagem que conhecem é sempre a de 10...). Pior, depois de consultarem o seu registo informático, continuam a dar as mesmas informações! Será que foram eles que fizeram esse registo à mão? Será que não sabem simplesmente consultar um simposium ou prontuário terapêutico (uma coisa que deveria ser BÁSICA e existente em qualquer farmácia!). Mas num país de chico-espertos outra coisa não seria de esperar. É bem melhor "não ter em stock" um medicamento mais barato... e curiosamente ter todas as embalagens XXL dos mais caros (se for a farmácia de serviço, então melhor ainda, pois não dá grande margem de manobra para quem precisa mesmo do medicamento). E já agora, se possível, vamos minimizar a frustração de ficar com 500 comprimidos a mais, aumentando um pouco a dosagem e os períodos de admnistração... Se correr mal, a culpa é sempre do médico... aquele otário que não sabe que aquele medicamento é caríssimo e ainda por cima só existe em embalagens grandes... e que nem foi capaz de lhe dizer correctamente como é que o deveria tomar!

Para a próxima perco a vergonha e a paciência e levo um prontuário comigo... ou simplesmente peço gentilmente para abrirem a embalagem e lerem a bula em voz alta à minha frente. Isso sim, seria bonito de se ver, de preferência em frente de uma multidão de velhotes que todos os meses lá deixam mais do que deviam...

1 comentário:

Vasco Ribeiro disse...

Realmente! LOL, este povo está entregue à sua própria cultura... É pena! Já preservativos, só há no máximo 36. Não há condições...