quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Staples e as encadernações

Ora andei eu a perder o meu precioso tempo a fazer uma capa toda boneca e a imprimir as 170 páginas do meu curriculum com o maior rigor para que nada falhasse, incluindo a realização de capas para os cds anexos (o que implicou minimizar e reformatar a capa para que ficasse tudo bonitinho nesse formato). Tudo feito por mim, que não tenho qualquer tipo de qualificação informática ou gráfica. Faltava só encadernar. Tive a infeliz ideia de ir à Staples, coisa que não seria habitual fazer, não fosse uma colega minha ter feito lá as encadernações dela há uns tempos atrás. Assim fiz, e como o trabalho é demorado e rigoroso, tive de deixar os CV de um dia para o outro, e o documento em pdf com a capa a imprimir.

No dia seguinte volto lá e tenho 6 exemplares encadernados com uma capa em que o título, que supostamente era central, se transformou num cabeçalho. A desculpa que o funcionário me deu foi que ao inserir  o ficheiro no programa para fazer a impressão, o programa (inteligente que é) reformata automaticamente como bem entende. Claro que o funcionário (ainda mais inteligente) não pode ir contra as ordens do "master-programa-oh-deus-todo-poderoso", nem dar-se ao trabalho de, no mínimo, avisar o cliente de que a capa vai ficar completamente diferente do que era suposto. Ah, de referir também que a primeira página do CV é exactamente igual à capa, pelo que o funcionário (cujo trabalho especializado e qualificado de serviço gráfico, faz parte do preço final da maravilhosa obra) não era preciso ser muito inteligente para um "descubra as diferenças".

Nem sei que diga mais, quando a incompetência e sobretudo quando a burrice humana devia ter limites.

Entretanto reparei, no talão de compra, que podia responder a um inquérito de satisfação online acerca da minha experiência, o que fiz de imediato. Uma hora depois tinha alguém (superior) da loja a ligar e a propor a re-encadernação na hora. Voltei à loja, et voilá, em menos de 5 minutos imprimiram uma capa de acordo com o meu pedido inicial (ultrapassando facilmente os supostos caprichos do papão-programa-informático-que-formata-como-lhe-apetece). Em meia hora, 6 encadernações bem feitas de forma eficiente e sem desculpas parvas para esconder a auto-incompetência e falta de vontade de corrigir o erro.

Com isto, perdi uma tarde (tempo, que neste momento vale ouro), mas fiquei com uns CVs apresentáveis graças ao excelente serviço de resposta a reclamações. Haja alguma coisa boa!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Pães de leite

Por questões logísticas, nos últimos 2 anos tenho tomado o pequeno-almoço no meu local de trabalho. O pedido é sempre o mesmo e resume-se a um item: um pão de leite com queijo e manteiga prensado. E não, não quero nada para beber, e sim, é para comer ali, e não para levar.

Até hoje não consigo lembrar-me de uma única vez em que o pedido tenha sido concretizado à primeira. Ou me dão um pão de deus, ou um pão de leite sem manteiga, ou com fiambre em vez de queijo, ou não vem prensado, ou metem-no dentro de um saco de papel como se eu fosse para casa, ou simplesmente esquecem-se de o confeccionar. Outras vezes conseguem combinar várias destas hipóteses.

Ou falo chinês, ou tenho de levar um desenho, ou aquelas senhoras da caixa têm uma forma de Alzheimer gravíssima que devia ser estudada.

Imagino se pedisse mais alguma coisa... Em vez de um café vinha uma cola, e em vez de um galão devia vir uma cerveja.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

"Obra" (m****) feita...

Não sei o que se passa na cabeça dos engenheiros, arquitectos, mestres de obras, and so on, deste país. 

Primeiro transformaram a minha rua das traseiras num beco sem saida. Isso "apenas" me obriga todas a manhãs a passar por uma rotunda por onde vai TODA a gente dos arredores, demorar 5 minutos para fazer menos de 100m e destruir por completo a minha paciência logo ao sair de casa (ainda mais tendo em conta que além do trânsito as alminhas inteligentes que por aqui habitam gostam insistentemente de ficar paradas na faixa da direita em plena rotunda a bloquear a saida para onde ninguém, além de mim, quer ir).

Agora, finalmente acabaram as obras que desde há 7, repito SETE, anos me obrigavam diariamente a percorrer estradas cheias de buracos e com todos os obstáculos que qualquer pneu ou suspensão de carro adora. Finalmente. Mas esperem lá... Agora temos muuuuuuitos semáforos, o que de certa forma é bom nalgumas zonas, pois evita o trânsito e algum chico-espertismo. No entanto, não há semáforos onde devia haver, e pior que isso, há sinais que se "esqueceram" de pôr. Então não é que agora sou obrigada a ir seeeeeeempre em frente pra poder voltar pra trás e ir pra casa? Ou seja, em vez de fazer a hipotenusa, tenho de fazer dois longos catetos e mais uma rotunda (muito esta gente gosta de rotundas... devem ter orgasmos múltiplos sempre que projectam uma, porque de outra forma não há explicação). E tudo isto resolvia-se simplesmente com um daqueles sinais redondinhos azuis, com uma dupla seta branca que aponta para a frente e para a esquerda! Sim, isto é possível, pois os semáforos existentes nesses pontos, permitem fazê-lo. O problema é que de certeza que as amibas responsáveis pela brilhante obra não moram aqui nem têm de fazer este caminho tooooodos os dias.

E por falar em obra... faz-me sempre lembrar "obrar", o que neste caso aplica-se na perfeição. Estes senhores deviam ganhar o Globo de Ouro da melhor (e maior) diarreia mental.

sábado, 2 de março de 2013

Urban Trend e os vouchers

Que a malta é pobre e gosta de descontos, é certo e sabido e, em contexto de crise, os sites de vouchers promocionais crescem como cogumelos. Acontece que estes vouchers geralmente são bons para adquirir produtos... porque no que diz respeito à aquisição de serviços deixam muito a desejar. Isto pelo simples facto de que ninguém gosta de ser mal pago pelo seu trabalho, e uma empresa que vai fornecer um serviço a preço reduzido, geralmente não o faz com o mesmo rigor e profissionalismo que o faria se o cliente pagasse mais. Por outro lado, visto que não é fácil alguém experimentar um serviço caro que não conhece e que não tem garantias de ser bom, este tipo de promoções serve para angariar novos clientes. Eu, que não sou empresária nem percebo nada de gestão nem de negócios, consigo concluir duas coisas: uma pessoa que gostou de um serviço, vai lá voltar mesmo que pague mais; se uma empresa não está disposta a oferecer temporariamente os seus serviços a um preço reduzido, então não adira a estas promoções!

No outro dia utilizei um voucher para ir cortar o cabelo num cabeleireiro que abriu no Dolce Vita Tejo, o Urban Trend. Liguei para marcar, e fui informada que não era preciso marcação, era só aparecer e ser atendida por ordem de chegada. Qual não foi o meu espanto quando lá chego às 16:30 e me dizem que só podia ser atendida às 18:30, quando o salão apenas tinha 2 clientes, que já estavam na fase do brushing, e um dos cabeleireiros estava no balcão a coçar a micose. Ok, precisava mesmo de cortar o cabelo naquele dia, e acabei por perder a minha tarde para poder voltar lá às 18:30. Voltei, e felizmente (ou infelizmente) consegui chegar uns segundos antes de outra senhora a quem lhe foi dada a mesma resposta que me tinham dado 2 horas antes (e atenção que nessa altura eu era a única cliente no salão). Porque é que não pensaram num sistema de marcações que prevesse X trabalhos diários com voucher? Será que a ideia é fazer com que algumas pessoas não consigam usufruir do serviço pelo qual já pagaram?

Por ano vou ao cabeleireiro umas 2 vezes. Isso significa que sempre que lá vou é para cortar, no mínimo, uns 6 cm de cabelo. E foi o que eu disse que queria que fizessem: cortar uns 6 cm (pois as pontas estavam espigadíssimas), escadear e cortar a franja. "Ah e tal, está com um escadeado tão bonito... posso cortar-lhe as pontas sem ser preciso cortar o comprimento". Ok... se assim o diz... ele é que é o profissional... Cortou um mini-tufo de uns 4 cm cabelo (que eu vi caído no chão, no final) e conseguiu fazer o impensável, que é conseguir alisar ainda mais o meu cabelo liso (adoro quando nem me perguntam como eu quero o brushing, e partem do principio que toda a gente gosta do cabelo lambido). E ainda paguei mais 4 euros pelo amaciador que não estava previsto no voucher (com 4 euros comprava um frasco!).

Eu não sou de escandaleiras, mas a vontade que eu tinha neste momento era de ir lá e escrever no livro amarelo (que não ia ter folhas suficientes). Tenho o cabelo exactamente como se não tivesse cortado (só se nota diferença na franja, que eu própria costumo cortar... não precisava ter lá ido!) e pior, continua super espigado. Qual é o cabeleireiro que deixa o cabelo espigado? E o grave é que eu até disse para não se inibir de cortar! 

Conclusão: não volto a lá pôr os pés, e aconselho a que todos façam o mesmo. Ah, e tenho de ir cortar o cabelo...

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Um grande vazio sem propósito

Chego à conclusão, fazendo scroll pelos vários posts deste blog que, ou tudo é cíclico, ou simplesmente estagnado. 

Sadness ...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Vodafone e o seu site maravilha

Que o site da Vodafone era uma MERDA, já eu sabia há muuuuito tempo. E curiosamente, mesmo após mais de uma década, o site não melhora nem um bocadinho... pelo contrário!!! 

Como é que é possível que uma rede com a dimensão da Vodafone possa ter um site tão mau??? Nos dias em que a imagem de uma empresa passa muito por aquilo que transmite via internet, será possível que não despedem as mentes iluminadas que conseguiram construir o pior site de todo o universo internáutico?? É que qualquer site de empresa de esquina é melhor do que aquele!! Até eu, que não sei programar, de certeza que fazia uma coisinha melhor! Até um dos meus gatos fazia um site melhor! Até uma amiba fazia um site melhor! 

Como é que é possível que o site NUNCA funcione correctamente, apresentando sempre erros e pedidos de desculpa por "neste momento não ser possível" qualquer coisa que alguém queira fazer naquela morada? Das poucas funcionalidades que eu ainda me dou ao trabalho de ganhar cabelos brancos obrigando-me a aceder àquele site, é o envio de sms gratuitas. Envio esse que, em 99% dos casos acabo por fazer pelo telemóvel (a pagar) pois não há pachorra para a lentidão de entrada no site, para depois "não ser possível executar a operação pretendida". Os protozoários que fazem o site é que precisavam de uma operação... tipo um transplante de cérebro, ou uma lobotomia para ficarem quietinhos a babarem-se e não fazerem mais porcaria... Ah! Espera... esse já é o estado normal deles...

Ok, se calhar é propositado e é uma maneira premeditada de vencer os clientes pelo cansaço e nunca usufruir das 10 sms semanais gratuitas que teriam caso o site funcionasse. Nesse caso, ainda provavam que existe vida inteligente para aqueles lados... Naaaaaa...

Agora a última deles é "A Vodafone tem um novo registo". É caso para dizer... YUPIIII!!! Depois de meia hora a tentar preencher DOIS campos e acabar com mais um pedido de desculpa porque não é possível neste momento e bla bla bla, estou prestes a mudar de rede. O 1º campo é a password, que tem de ter minúsculas e maiúsculas e números e caracteres especiais (e, portanto, dá uma trabalheira do caraças a escrever... e a memorizar!)... Mais um pouco e era preciso gerar uma password com um código alfanumérico xpto à prova de hackers. E eu pergunto... QUEM é que no seu juízo perfeito está interessado em roubar uma password de entrada no site da Vodafone... se depois nem consegue mandar uma trampa de uma sms à borla??? O 2º campo é um "desafio escrito ou audio"... daqueles que provam que não é nenhum ser alienígena ou unicelular a querer inscrever-se no site. Sim, aqueles em que não conseguimos perceber as palavras que aparecem, e erramos vezes sem conta sendo obrigados a introduzir novamente a password (com minúsculas e maiúsculas e números e caracteres especiais )... Esses mesmo! Só o facto de terem posto esse tipo de "desafio" já revela, novamente, que o QI das mentes que construiram o site só pode ter 2 dígitos (baixinhos).

Quando é que algum hacker bondoso faz o favor de deitar aquele site abaixo PERMANENTEMENTE? É que em baixo já ele está sempre... mas assim sempre tinham desculpa!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Ervas daninhas


"Hoje apetece-me chorar. Exorcisar tudo o que me corrói por dentro. Tudo aquilo que eu tento convencer-me de que não existe mais, mas sei bem tratar-se apenas de uma mera prova de equilíbrio. Um equilíbrio esforçado num campo minado. Uma corrida de elefantes sobre um fio de cabelo"

Rasgos de felicidade. Meros momentos fugazes de verdadeiro deleite, embora, e sempre, com o prenúncio de que algo não está bem. Nunca nada foi perfeito... perfeito... aquele perfeito a 100%.

Acreditar. E sentir. Sobretudo sentir. Será possível? 

Hoje tento rasgar, mais uma vez, as folhas das memórias que insistem em reaparecer como ervas daninhas."